sábado, 9 de junho de 2012

História do Papel de Parede

O primeiro registro histórico sobre a utilização do Papel de Parede, como elemento decorativo, ocorreu na China, proximadamente duzentos anos antes de Cristo.
 

Os primeiros papéis foram produzidos rudimentarmente com palha de arroz, evoluindo posteriormente para o pergaminho vegetal. Era rudimentar, totalmente branco. Posteriormente, ele passou a ser produzido com o pergaminho vegetal, ganhando cores e motivos. As pinturas do papel eram feitas à mão por artesãos, e depois vieram os carimbos de madeira decorativos, que eram embebidos em tinta para imprimir os desenhos. As tiras resultantes desse trabalho eram então coladas nas paredes, em substituição das originais que ornavam os palacetes de mandarins.


A Europa passou a ter mais contato com a China a partir dos séculos XVI e XVII, e o papel de parede surgiu no continente europeu pelas mãos de comerciantes árabes, que aprenderam com os chineses a sua produção. Passou a ser usado para decorar parte das paredes, janelas e portas, substituindo as telas e as tapeçarias.


Até 1500, havia limitadas variações de papéis de parede com temas chineses na Europa; daí a expressão chinoisserie. Com a chegada de artistas renascentistas italianos na França, surgiram os padrões totalmente europeus. Após sua introdução na Europa sabe-se que em 1630 aparece a primeira fábrica de Papel, o Papel-Toutisses (Papel Flocado) na cidade de Roven - França. Em 1634 a Inglaterra inicia a produção em Cambridge. Os primeiros papéis já impressos aparecem na França em 1638. Os impressos e com relevos moldados em chapas de cobre são produzidos em 1700 na Alemanha. 


Em 1750 são impressos na inglaterra os primeiros papéis multicoloridos. Em 1770, instala-se em Paris uma fábrica de papéis pintados e flocados, com o sucesso alcançado pelo novo produto já em 1783 a indústria Manufatura Real empregava 400 artesãos. 



Em 1870 Juan Zuber instala na cidade de Rixheim uma fábrica de Papéis de Parede que funcionou ativamente até 1939. Nesta unidade foram aperfeiçoadas as técnicas de

Em 1870, Juan Zuber instalou na cidade francesa de Rixheim uma fábrica de papel de paredes que funcionou até 1939, na qual foram aperfeiçoadas as técnicas de
impressão com corantes, mas o grande marco foi o lançamento do primeiro rolo com mais de 4 metros lineares de papel pronto para uso..Em 1634, a Inglaterra iniciou sua produção em Cambridge. Os primeiros papéis multicoloridos foram impressos em 1750. Em 1783, a chamada Manufatura Real empregava cerca de quatrocentos artesãos. O Chippendale, inspirado pelo rococó francês, passou a ser o papel mais vendido e procurado de Londres, mas era muito variado. Em 1814, veio a máquina de impressão, criada por Konig, inovando e melhorando o processo de fabricação do papel. A máquina de Konig espalhava com precisão fibras de algodão e seda sobre a tinta ainda fresca, resultando, pela transparência e sobreposição, motivos com relevo. Assim surgiu o chamado flock. A Rainha Vitória mandou forrar as paredes de Hampton Court com o flock, para a sua lua de mel com o Príncipe Alberto. 



Os “flock wallpapers”  eram produzidos salpicando-se lã cortada sobre um desenho impresso com cola, eram reproduções deliberadas dos cortinados de parede da época em damasco e em veludo aparado. Apesar da sua reputação actual ser bastante ignóbil, os “flock wallpapers” eram artigos caros e de prestígio e, tal como a maioria dos papéis de parede, eram bastante populares entre as classes ricas e seguidoras da
moda.
O papel de parede também era importado da China, quer sob a forma de papel oriental, quer de
seda. Estes eram requintadamente pintados de forma a exibirem jardins de flores, árvores e pássaros, ou
cenas da vida quotidiana tradicional na China. 


A progressiva industrialização acabou provocando uma quebra na qualidade artística. William Morris, fundador do movimento Arts & crafts, favorecia um retorno ao artesanato, elevando os artesãos à condição de artistas e evitando assim a manufatura industrial barata de artes decorativas e da arquitetura. Morris acabaria por tirar partido dos padrões alegres e florais do chintze (um tecido usado em cortinados e capas para móveis), aplicando-os ao papel. Os resultados foram tão ruins que hoje os ingleses usam a expressão chintzy para se referir a tudo que seja de mau gosto.

A mistura entre padrões e suportes levou a indústria, que Morris combatia, a lançar o papel para crianças e o lavável. Firmas inglesas da época, como Jeffrey and Company ou a Shand Kydd, ficaram famosas.

No Brasil, o papel de parede apareceu devido à forte imigração européia no final do século XIX. Porém, até 1930, a importação desse produto era pequena, em função dos altos custos, sendo em seguida esquecido por anos. Em 1960, com a modernização da indústria brasileira e com a redução dos custos, o papel tornou-se um popular revestimento decorativo de paredes. 



Até mais !!
Bjiss.


Mais informações:
http://5cidade.files.wordpress.com/2008/04/conservacao-do-papel-de-parede-historico.pdf
http://thebrimstonebutterfly.blogspot.com.br/2011_06_05_archive.html

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